“No dia em que a Internet acabar, a notícia será dada no Rádio.”
Esta espantosa frase seria esquecida, se não fosse dita por Bill Gates. Nela, ele tentou resumir a importância deste veículo, que ainda é o mais barato, o de maior alcance e o mais rápido divulgador de notícias do mundo.
Diferentemente dos aparelhos de televisão ou do computador, a grande maioria das pessoas teve ou tem o seu radio receptor. Ele se transforma numa peça própria e numa extensão corporal, como os transistorizados que nos acompanham no banho, na praia ou à noite.
Modelo PHILIPS B2R76U (1959) – Modelo SEMP AC122-G (1955) – Modelo MUNDIAL M845 (1950)
Poucos de nós lembram das características do primeiro computador. Mas o primeiro rádio iguala-se ao primeiro relógio, ou a tantas outras coisas inesquecíveis – pelo menos as boas, que se consubstanciaram na primeira vez…
Como ente célebre, o rádio tem uma origem até hoje disputada. O cientista brasileiro padre Roberto Landell de Moura, nascido em Porto Alegre em 1861, realizou a primeira transmissão da voz humana sem fios no mundo. O fato ocorreu em São Paulo, em julho de 1900, presenciado por autoridades e pela imprensa. Na época apenas existiam o telefone com fio (Graham Bell) e a telegrafia sem fios do italiano Marconi. Porém, as patentes deste último superaram, por absoluto efeito do poder, as do brasileiro.
RCA VICTOR 66X1 1946
Também é obrigatória a menção do russo Popov e do croata Tesla. Em realidade, desde o final do século XIX as experiências com a irradiação de ondas que transportassem a voz eram realizadas ao mesmo tempo e em diversos locais, como o Brasil, a Rússia e a Inglaterra.
No início do século XX, a eletricidade gerava novos produtos a cada dia, causando disputas pelos registros das invenções. A rapidez dos inventos corria paralela ao de famosas batalhas judiciais: Marconi contra Tesla e Edison versus Westinghouse, dentre outros.
Modelo CRUZEIRO-BYINGTON B-100 (1935/37) – Modelo RCA Victor 65X 1947/1948 ( Rosa) – Modelo RCA VICTOR Radiola (1950)
Embora o primeiro experimento documentado fosse o do brasileiro, é histórico tratar-se como uma paternidade múltipla. Ao conciliar os “interesses”, a comunidade internacional elegeu Guglielmo Marconi, um dos maiores gênios do século XX, com o título de “o pai do rádio”, o que não lhe é desmerecido pela vasta contribuição na técnica da transmissão e recepção radiofônicas.
Porém, se Landell de Moura tivesse feito, como fez Marconi, suas experiências na Inglaterra, certo é que o rádio teria uma paternidade única e incontestável!
Forte abraço,
Daltro D’Arisbo
daltrodarisbo@terra.com.br
www.museudoradio.com
Teresa.
É difícil pontuar-me.
Mas a você o meu muito obrigado por acolher este modesto sulista e parabéns pela diagramação e colocação das fotos.
Só tenho uma ressalva : o coroa da foto lá de cima bem que podia fazer uma plástica, você não acha?
Abraços
DD
Parabéns, Daltro!
Sua coluna está um espetáculo e vc muito bem na foto!. Tudo perfeito!
Muito boa sorte, que Deus te abençoe sempre e te ilumine para que você possa sempre escrever estas maravilha para todos nós!
Muito obrigada pela grande colaboração,
Um grande e forte abraço,
Teresa Gago
Portal AutoClassic
Rio de Janeiro – Brasil
Quando veio a tv muitas pessoas pensavam que o rádio iria acabar. Mas não foi o que aconteceu. O rádio sempre terá o seu lugar….
Bela reportagem.
Abraços
Virginia Kenupp
Virginia…
Encontrei esta joia rara que é o Daltro e agora é um de nossos colunistas.
As matérias dele são maravilhosas!